Na última sexta-feira, a Equipe Réseau esteve na Câmara Municipal de São Paulo
acompanhando o seminário intitulado A Era dos Dados Abertos, que teve como principal
objetivo discutir o processo de abertura dos dados públicos daquela casa
legislativa aos cidadãos, de forma que se torne mais fácil a participação
popular, principalmente no que diz respeito à fiscalização do uso do dinheiro
público.
Como não podia deixar de ser, um dos grandes pontos de
discussão foi a maneira como o cidadão poderá usar os dados que lhe forem
disponibilizados. Não basta deixá-los disponíveis, mas dar as condições para que
façam sentido, que possam ser utilizados para a geração de conclusões simples e
diretas a respeito da vida da população e, principalmente, se suas necessidades
estão (ou não) sendo atendidas.
Por conta disso, além da abertura dos dados em si, foi
bastante discutido o papel das redes sociais neste processo. Tem-se acompanhado,
ao longo dos últimos meses, tanto na cidade de São Paulo, como nos mais diversos
cantos do planeta, o resultado da capacidade de mobilização em torno de causas
políticas, tanto dentro da rede como no mundo real. É fácil concluir, diante de
fatos como o Churrasco da Gente Diferenciada e a Primavera Árabe, que o caminho
para uma sociedade mais justa passa pela capacidade de mobilização e
fiscalização das atividades políticas, e as redes sociais são um importante
instrumento para o alcance desse objetivo.
É em consonância com essa capacidade de mobilização
crescente, e a partir do uso destas inúmeras ferramentas, que entidades como a
Transparência
Hacker e a Rede
Nossa São Paulo estão buscando o envolvimento das pessoas com o que
antes era conhecido como inacessível e repugnante: o universo da política.
No fim das contas, mobilizar é
preciso!
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